quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Lollapalooza Brasil 2013 será realizado em 29, 30 e 31 de março




Lollapalooza Brasil 2013 será realizado nos dias 29, 30 e 31 de março, no Jockey Clube de São Paulo. O anúncio foi feito no site do festival.
A primeira edição do evento, realizada em 2012, trouxe ao país bandas como Foo Fighters e Arctic Monkeys, e também aconteceu no Jockey Clube, mas com apenas dois dias de duração - confira a nossa cobertura completa.
Ainda não há informações sobre os artistas que comparecerão ao evento nem o preço dos ingressos. A organização promete falar sobre isso em breve.
Também foi anunciado que o Chile receberá a festa nos dias 6 e 7 de abril de 2013.
O Lollapalooza é um festival de música que  foi criado em 1991 pelo vocalista do Jane's AddictionPerry Farrell, e acontece anualmente em Chicago desde 2005. Originalmente, o projeto foi criado com a ideia de ser itinerante e chegou a ter edições em algumas cidades dos Estados Unidos e Canadá.
Depois de cinco anos de endereço fixo, o Lollapalooza iniciou sua expansão para a América do Sul em 2011, com uma edição no Chile. Em 2012, o Lollapalooza retornou a Santiago e fez sua estreia no Brasil.

Federação expulsa dos Jogos atletas que tentaram entregar no badminton





A Federação Internacional de Badminton decidiu nesta quarta-feira excluir dos Jogos Olímpicos de Londres as quatro duplas femininas que jogaram para perder na última rodada da fase de grupos, na terça-feira. Estão fora das Olimpíadas as chinesas Wang Xiaoli e Yu Yang, as indonésias Greysia Polii e Meiliana Jauhari, e as sul-coreanas Jung Kyung-eun, Kim Ha-na, Ha Jung-eun e Kim Min Jung.

A decisão da entidade recebeu elogios do vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional, Craig Reedie, que já foi presidente da Federação Internacional de Badminton.
- Se você tira o elemento competitivo do esporte, ele fica sem sentido. Você não pode permitir esse time de comportamento sem tomar uma ação firme. A federação acertou - disse.
As duas partidas que envolveram as duplas excluídas provocaram grande polêmica na terça-feira. Depois de sequências de saques no meio da rede e erros bizarros, os torcedores passaram a vaiar as duplas, e os jogos chegaram a ser interrompidos pelos árbitros, que pediram seriedade e ameaçaram desqualificar as atletas, mas nem assim foram atendidos.
As duplas tentaram entregar seus jogos na última fase de grupos porque já estavam classificadas às quartas de final e queriam evitar um confronto mais difícil. Mas, com dois times querendo entregar no mesmo jogo, criou-se um constrangimento de repercussão mundial. O presidente do Comitê Organizador dos Jogos de Londres, Sebastian Coe, criticou as atletas.
- Foi inaceitável e deprimente. Quem quer ver um jogo assim? - disse.
Na manhã desta quarta, a Federação Internacional de Badminton decidiu abrir uma investigação contra as atletas, por "não se esforçar para ganhar um jogo". Horas depois, decidiu-se pela exclusão.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Rihanna e Drake lideram indicações ao MTV Video Music Award




Os cantores Rihanna e Drake lideram o número de indicações ao MTV Video Music Awards, com cinco nomeações cada um. Katy Perry vem logo atrás, com quatro indicações.
Rihanna tem duas chances de ganhar o maior prêmio da festa, de vídeo do ano. Ela concorre com “We Found Love” e com seu dueto com Drake, “Take Care”. Na mesma categoria, concorrem Katy Perry, com “Wide Awake”, Gotye, com “Somebody That I Used To Know”, e M.I.A, com “Bad Girls”.
O MTV Video Music Awards acontece em Los Angeles, no dia 6 de setembro. A cantora Alicia Keys e a boyband One Direction se apresentarão na festa.
Veja a lista completa dos indicados ao VMA 2012:
CLIPE DO ANO
Katy Perry, "Wide Awake"
Gotye, "Somebody That I Used To Know"
Rihanna, "We Found Love"
Drake feat. Rihanna, "Take Care"
M.I.A., "Bad Girls"

REVELAÇÃO
Fun. feat. Janelle Monae, "We Are Young"
Carly Rae Jepsen, "Call Me Maybe"
Frank Ocean, "Swim Good"
One Direction, "What Makes You Beautiful"
The Wanted, "Glad You Came"

MELHOR CLIPE DE HIP-HOP
Childish Gambino, "Heartbeat"
Drake feat. Lil Wayne, "HYFR"
Kanye West feat. Pusha T, Big Sean & 2 Chainz, "Mercy"
Watch the Throne, "Paris"
Nicki Minaj feat. 2 Chainz, "Beez in the Trap"

MELHOR CLIPE MASCULINO
Justin Bieber, "Boyfriend"
Frank Ocean, "Swim Good"
Drake feat. Rihanna, "Take Care"
Chris Brown, "Turn Up the Music"
Usher, "Climax"

MELHOR CLIPE FEMININO
Rihanna, "We Found Love"
Katy Perry, "Part of Me"
Beyoncé, "Love on Top"
Nicki Minaj, "Starships"
Selena Gomez & The Scene, "Love You Like a Love Song"

MELHOR CLIPE POP
One Direction, "What Makes You Beautiful"
Fun. feat. Janelle Monae, "We Are Young"
Rihanna, "We Found Love"
Justin Bieber, "Boyfriend"
Maroon 5 feat. Wiz Khalifa, "Payphone"

MELHOR CLIPE DE ROCK
Coldplay, "Paradise"
The Black Keys, "Lonely Boy"
Linkin Park, "BURN IT DOWN"
Jack White, "Sixteen Saltines"
Imagine Dragons, "It's Time"

MELHOR CLIPE DE ELETRÔNICO E DANCE MUSIC
Duck Sauce, "Big Bad Wolf"
Calvin Harris, "Feel So Close"
Skrillex, "First of the Year (Equinox)"
Martin Solveig, "The Night Out"
Avicii, "Le7els"

MELHOR CLIPE COM MENSAGEM
Demi Lovato, "Skyscraper"
Rise Against, "Ballad of Hollis Brown"
Kelly Clarkson, "Dark Side"
Gym Class Heroes, "The Fighter"
K'Naan feat. Nelly Furtado, "Is Anybody Out There?"
Lil Wayne, "How to Love"

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Katy Perry, "Wide Awake"
Drake feat. Rihanna, "Take Care"
Lana Del Rey, "Born to Die"
Regina Spektor, "All the Rowboats"
Of Monsters & Men, "Little Talks"

MELHOR COREOGRAFIA
Chris Brown, "Turn Up the Music"
Rihanna, "Where Have You Been"
Beyoncé, "Countdown"
Avicii, "Le7els"
Jennifer Lopez f/Pitbull, "Dance Again"

MELHOR FOTOGRAFIA
M.I.A., "Bad Girls"
Adele, "Someone Like You"
Drake feat. Rihanna, "Take Care"
Coldplay feat. Rihanna, "Princess of China"
Lana Del Rey, "Born to Die"

MELHOR DIREÇÃO
M.I.A., "Bad Girls"
Duck Sauce, "Big Bad Wolf"
Coldplay feat. Rihanna, "Princess of China"
Frank Ocean, "Swim Good"
Watch the Throne, "Otis"

MELHOR EDIÇÃO
Beyoncé, "Countdown"
A$AP Rocky, "Goldie"
Gotye, "Somebody That I Used to Know"
Watch the Throne, "Paris"
Kanye West feat. Pusha T, Big Sean and 2 Chainz, "Mercy"

MELHOR EFEITOS ESPECIAIS
Katy Perry, "Wide Awake"
Rihanna, "Where Have You Been"
David Guetta feat. Nicki Minaj, "Turn Me On"
Linkin Park, "BURN IT DOWN"
* Com informações da agência Associated Press

Phelps entra para a história ao conquistar 19ª medalha olímpica





Entre as muitas mensagens que se acumularam em seu telefone celular pouco depois de ter conquistado os oito ouros nos Jogos de Pequim, estava a de Larissa Latynina. A ex-ginasta da antiga União Soviética ficou encantada com o feito, com a alegria de Michael Phelps e sua busca pela excelência. Durante anos, treinou mais do que todos. Na verdade, lá no começo, a ideia era só ganhar uma medalha olímpica. Acabou virando colecionador de várias. Em três Olimpíadas, acumulou 16. Mas havia fôlego para mais. Se subisse mais três vezes ao pódio poderia se despedir das piscinas com o mais nobre dos títulos na carreira: o de maior atleta olímpico da história. E ele veio com a cor que sempre foi sinônimo de Phelps. Nesta terça-feira, em Londres, com o ouro no 4x200m livre, o americano superou as 18 medalhas de Latynina. Soma até o momento 19.

Enquanto ele dava as últimas braçadas no revezamento, a mãe chorava na arquibancada. Estava feliz por ver o filho se superar na competição. Estava aliviada por vê-lo de novo com um sorriso no rosto. Aplaudido de pé pela arquibancada, cumprimentado por Ryan Lochte, Conor Dwyer e Ricky Berens ainda na borda da piscina, Phelps assistia a tudo debruçado na raia. Dizia estar feliz por ter conquistado o feito ao lado daqueles caras.
- Eu disse a eles para que abrissem uma boa vantagem (risos). E eles fizeram isso. Eu só precisaria segurar. Sou grato a eles por terem permitido que eu tivesse esse momento. Tem sido uma carreira incrível, mas ainda temos algumas provas a fazer aqui - disse.
Nas Olimpíadas em que mostrou não ser imbatível com antes, na qual sequer esteve entre os três melhores nos 400m medley e que ficou com duas pratas por perder o 4x100m livre e os 200m borboleta na batida de mão, Phelps foi reverenciado como merece. Mas parece não gostar de ser chamado de herói.
Foi assim em 2008. Ouviu de tudo um pouco. Que era um E.T, que anjos ou algo parecido deviam acompanhá-lo, que era um fenômeno. Não se via dessa maneira. Para ele, herói mesmo era um menino de 7 anos, que prometia ser um bom nadador, e que de um dia para o outro foi diagnosticado com um tumor cerebral. Passou por cirurgias e pediu para conhecer Michael Phelps. Ele foi visitá-lo. Foram cinco anos de luta, mas ele não resistiu. Phelps prometeu ganhar uma medalha de ouro para ele naqueles Jogos. Pela coragem e pela inspiração. Disse que devia ao pequeno Stevie o seu melhor esforço nas Olimpíadas. Lá, superou as sete medalhas douradas de Mark Spitz, façanha alcançada em Munique-72. Levou oito para casa.
Depois de voltar de Pequim, a mãe, Debbie, foi abordada por um segurança depois de ter dificuldades para estacionar o carro numa loja de roupas. Ele puxou papo. Num lampejo, a reconheceu. Perguntou se ela era a mãe das sete medalhas. Ela olhou para ele e respondeu: oito! A história é uma das preferidas de Phelps. Basta saber o que Debbie irá falar a partir de agora, com um filho que é nada mais nada menos do que o maior atleta olímpico de todos os tempos.
Nascido em Baltimore (estado de Maryland), em 30 de junho de 1985, Michael Fred Phelps II estreou numa competição olímpica em 2000, na cidade de Sydney, quando obteve o quinto lugar na final dos 200m borboleta, sua especialidade. Quatro anos depois, em Atenas, ele conquistou oito medalhas, sendo seis de ouro e duas de bronze. Mas foi em Pequim que ele escreveu pela primeira vez seu nome na história, ao superar as sete medalhas de ouro conquistadas também na natação por seu compatriota Mark Spitz nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972.



segunda-feira, 30 de julho de 2012

Luan Santana vira idoso no clipe de “Te Vivo”




Luan aproveitou a canção que é, provavelmente, a melhor de sua carreira até o momento, “Te Vivo”, e resolveu fazer um clipe pesado, lançado na noite deste domingo (29).
O roteiro nada lembra o sertanejo-jovem-animado que lançou Luan no mercado. Trata-se de um clipe triste, um tanto dramático, que mostra o cantor na pele de um jovem e na de um idoso, em um trabalho de maquiagem muito interessante.

Rafaela Silva admite erro, chora mais e afirma que derrota é 'página virada'




A brasileira Rafaela Silva precisou de mais de uma hora para se recompor após suapolêmica desclassificação contra a húngara Hedvig Karakas, nas oitavas de final da categoria peso-leve (até 57kg) do judô nas Olimpíadas de Londres 2012, nesta segunda-feira. Quando enfim saiu do vestiário para falar com a imprensa internacional, ainda mostrava olhos vermelhos. A valentia e tranquilidade, porém, desmoronaram novamente quando a carioca falou dos amigos e familiares que assistiram às suas lutas no Rio de Janeiro, no Instituto Reação, onde ela foi revelada para o esporte.
- Queria agradecer o carinho de todos. Infelizmente, eu não consegui, mas é página virada - disse Rafaela Silva, antes de se retirar novamente aos prantos.
A judoca admitiu que cometeu um erro ao tentar o kata-otochi, técnica cuja forma clássica foi banida do esporte em 2010, quando a Federação Internacional de Judô (FIJ) mudou as regras para resgatar o judô tradicional e evitar que a modalidade se assemelhasse à luta livre e greco-romana. Segundo Ney Wilson, coordenador-técnico da Confederação Brasileira de Judô, o golpe foi adaptado para ser aplicado sem as mãos após a alteração no regulamento
- Senti que ela estava descendo e meti a mão. Se eu meti a mão, o erro é meu. Infelizmente, cometi um erro. Agora é levantar a cabeça e pensar em 2016. Estou muito triste, estava treinando muito, mas essa é minha primeira participação em Olimpíadas e vou usar como experiência - afirmou Rafaela.
O desespero de Rafaela Silva era tamanho após sua eliminação, que a jovem de 19 anos, aposta para os Jogos do Rio de Janeiro em 2016, precisou do apoio de todos para sair do vestiário. Ney Wilson deixou de acompanhar a luta de Bruno Mendonça contra o holandês Dex Elmont para ajudar e recebeu a companhia de Geraldo Bernardes, que revelou a atleta carioca.
- A dor maior é porque a derrota é exclusivamente dela. Ela está sofrendo muito. Ela sabe que errou - lamentou Ney Wilson.
Na Cidade de Deus, comunidade da Zona Oeste do Rio de Janeiro, a família de Rafaela acompanhou à campanha inteira no Instituto Reação, projeto social do ex-judoca Flávio Canto que revelou a atleta. Sua irmã, Raquel, também não conteve as lágrimas ao comentar a desclassificação contra a húngara.
- Foi um azar. Acho que ela foi afobada, tinha que esperar desequilibrar antes de ter catado a perna. Eu estou triste porque ela não trouxe a medalha, mas só de estar lá é um orgulho para nossa família - afirmou Raquel, em entrevista ao SporTV.



sexta-feira, 27 de julho de 2012

Membros do Black Eyed Peas processam contador por fraude, diz jornal





Membros do Black Eyed Peas abriram um processo contra um contador por fraude, informou o jornal "LA Times". De acordo com três membros do grupo, will.i.am, Taboo e apl.de.ap, Sean M. Larkin deixou de pagar os impostos de renda entre 2002 e 2009, o que provocou uma dívida de US$3,2 milhões.

No processo, os advogados dos músicos afirmaram que Larkin fez com que eles acreditassem que estava tudo bem e que não havia nada com o que se preocupar.

Depois que a fraude foi descoberta, em 2009, o contador foi demitido e prometeu assumir toda a dívida, mas a promessa não foi cumprida. Além disso o gerente ainda deve dinheiro relacionado à agência de turismo dos músicos.

Os outros membros do grupo, Stacy Fergunson e Fergie, têm seus próprios contadores e não estão envoilvidos no processo.



Fonte: UOL ( http://musica.uol.com.br/noticias/redacao/2012/07/27/membros-do-black-eyed-peas-processam-contador-por-fraude-diz-jornal.htm)

Ceni festeja volta após seis meses: 'Minha história não acabaria assim'




Foram seis meses de solidão devido a uma cirurgia para corrigir grave lesão no ombro direito, saldo dos treinamentos ainda na pré-temporada do clube, em janeiro. Longe dos gramados, distante da tensão de um jogo de futebol, do carinho do torcedor, das alegrias e das tristezas que só o futebol proporciona. Em alguns momentos da fisioterapia, Rogério Ceni ficou sete, oito horas “internado” no Reffis do CT da Barra Funda. Tudo para que o momento da volta chegasse. E chegou.
Com o retorno confirmado para a partida do próximo domingo, contra o Flamengo, no estádio do Morumbi, o camisa 1 deu sua primeira entrevista coletiva de 2012 e, em diversos momentos, sorriu como uma criança.
– Quando me machuquei, falei que minha história não acabaria assim. Felizmente, não vai acabar. Tenho certeza de que domingo será muito emocionante. Espero agora poder executar tudo o que perdi nesses seis meses. Nunca havia ficado tanto tempo parado na carreira. Quando isso acontece, uma parte de você acaba morrendo. Espero que a minha alegria possa se transformar em resultado, porque precisamos da vitória dentro da nossa casa – afirmou.
Durante aproximadamente meia hora, Ceni respondeu pacientemente a tudo que lhe foi questionado. Falou sobre a rotina longe do campo e sobre o momento do São Paulo na temporada. Saiu em defesa de Luis Fabiano e voltou a dizer que somente nos últimos meses de 2012 é que decidirá se tem gás para mais uma temporada ou se partirá para a aposentadoria.
Como se encontra
Eu me sinto bem, faço todos os movimentos. É claro que, quando você está mais velho, é normal não ter o mesmo vigor físico de um menino de 20 anos. Trabalhei muito forte nas últimas quatro semanas em campo, eu me esforcei, eu me preparei para esse momento.
Do que sentiu e do que não sentiu falta?
Não senti falta de concentrar. Ficar em casa foi uma surpresa, agradável voltar todas as noites. Senti falta do jogo, da torcida, da cobrança, da alegria, da dificuldade, do sofrimento, do grito de gol, tudo que faz parte de um mundo do futebol. Quando você faz sete, oito horas de fisioterapia, o dia demora a passar.
Salvador da pátria?
Não sou salvador de coisa nenhuma. Mesmo com o meu retorno, se não entrar em campo, jogar com vontade e vencer, não vai adiantar nada. A responsabilidade é de todos. Jogar no São Paulo é uma responsabilidade, precisamos sair desse momento que, embora não seja ruim, não é o ideal. Fazemos uma campanha na média, estamos em sétimo e não podemos nos contentar com coisas medianas. O Atlético-MG está 12 pontos à frente e, para tentar correr atrás, precisamos começar a vencer.
Crise de Luis Fabiano com a parte da torcida que o vaiou
Ele não pode ser cobrado isoladamente. O Luis Fabiano vai voltar bem e tenho certeza de que vai batalhar, fazer gols e batalhar bastante. Tem história como artilheiro e vai contribuir. É mais um jogador que vai tentar ajudar o São Paulo. Eu vivi um momento ruim em 2004, quando fomos eliminados da Libertadores. O Luis vai ganhar novamente o apoio do torcedor. Futebol é básico. Ganhou, tem apoio. Perdeu, é vaiado.
Momento do São Paulo
Não pode parar no tempo e achar que quando ganha está bom. Esse ano aconteceram coisas que não vale mais comentar. Todo o time sofre eliminações em todos os anos, não conheço ninguém que só ganha. O problema é que consecutivamente estamos acumulando insucessos, e as frustrações vão passando para o torcedor. Vivemos um momento difícil, a campanha não é excepcional, e é preciso ter consciência de que precisa melhorar. Precisamos fazer o São Paulo voltar a vencer.
Projeto para o restante da carreira
Meu projeto momentâneo é o domingo. Estou há seis meses sem jogar e agora são quatro semanas seguidas de treino em campo. Estou muito focado nisso agora. Meu projeto vai até dezembro desse ano e depois a gente vai analisar.
São Paulo cogitou renovar pelo período em que ficou machucado
Não quero, não preciso de nenhum favor. Só tenho a agradecer ao São Paulo por tudo que fez e faz por mim. Durante esses seis meses, fui muito bem tratado. Só tenho de falar bem dos médicos, do pessoal do Reffis, da fisioterapeuta do clube, que durante 11 semanas trabalhou comigo na piscina, às vezes totalmente submerso, apenas com um snorkel (que permite a respiração embaixo da água). No fim do ano, vamos sentar e conversar. Se o clube achar que eu mereço continuar e eu me sentir bem, acho que é justo discutir a renovação. Se achar que é melhor parar, tenho certeza de que todos vão respeitar a minha decisão.
Como avaliou o desempenho de Denis
Ele foi muito bem. Errou em alguns jogos, como eu erro. Ele tem explosão, agilidade, está no auge de sua condição e ainda vai crescer um pouco mais. Goleiro que vai jogar futuramente no São Paulo como titular. Quem sabe já no ano que vem.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Álbum do Velvet Underground com Nico ganha versão com seis CDs em aniversário de 45 anos




O álbum clássico da parceria entre o The Velver Underground e a cantora Nico será relançado em comemoração aos 45 anos da versão original, que ganhou as lojas com uma capa concebida pelo artista Andy Warhol. A nova versão do disco de 1967 chega ao mercado no dia 1º de outubro. As informações são do site da revista britânica "NME".
Os seis discos vão incluir versões em estéreo e mono das canções do álbum, músicas de dois discos ao vivo da banda gravados no estado de Ohio, nos Estados Unidos, e as faixas do álbum "Chelsea's Girl", de Nico.
No começo deste ano, a banda tentou impedir que o desenho de Warhol fosse utilizado para ilustrar as capas dos CDs exibidos em iPads e iPhones.

Como Nascem os Campeões: Fabi desbanca Marcelo Negão... de Irajá




Quase xará de um campeão olímpico, Marcelo Negão era o maioral do vôlei no condomínio Parque Novo do Irajá no começo dos anos 90. Fosse com o sol rachando a quadra ou o mormaço invadindo o bairro cortado pela Avenida Brasil, na Zona Norte do Rio de Janeiro, o adolescente, mais forte e mais alto da turma, subia como uma águia para a cortada rasante e indefensável. Era ponto certo. Todo garoto queria ser como ele. Soberano. Um dia, uma menina lourinha, magrinha, habilidosa com a bola nos pés e nas mãos - jogava futebol, basquete e o concorrido voleibol -, começou a aprontar.
Fabiana Alvim de Oliveira, a Fabizinha, no início marcava o placar dos garotos. Até que uma vez ganhou uma chance. E não tinha medo das pancadas. Ralava-se no chão para fazer a defesa como se ali estivesse em jogo a medalha de ouro. Sempre com uma manchete ou um mergulho, puxava contra-ataque mortal para o seu parceiro em dupla. Passe para o ponto. Ou então, um bloqueio consagrador. Não tinha jeito. Marcelo Negão começava a perder ali o reinado.
A menina passou a ser a sensação do condomínio. Já era a dona do par ou ímpar para escolher o time. Para desespero de sua mãe, dona Vera, na época radicalmente contra. As surras não adiantavam. Fabizinha continuava sem medo das pancadas. E o vôlei virou obsessão. Após os jogos de duplas, ficava até tarde treinando defesa. O próprio Marcelo Negão virou "sparring". Ele cortava com toda força, de todos os lados. Fabizinha cada vez se saía melhor. E ainda desafiava. Pedia para o amigo mandar mais forte.
- Marcelo Negão chegou a quase profissional. Batia com mais vontade ainda em cima dela. E a Fabiana ainda provocava. Falava: "Bate com mais força, bate que nem homem!". Você vê, com aquele tamanho todo ela já tinha liderança. Depois no Rio de Janeiro, ela dando bronca em gigante... Eu falo sempre: tu ainda vai apanhar - disse o irmão e fá número 1, Maurílio Alvim, hoje dentista em Duque de Caxias.
A essa altura, o ídolo Zico, que a menina tentava imitar nas peladas de futebol com os garotos, perdia um pouco de espaço para os astros de vôlei. Nas Olimpíadas de 1992, já com 12 anos, grudada na TV em todas as partidas do time masculino, Fabi já vibrava com Giovane, Tande. E com as cortadas de Marcelo. Mas o Marcelo Negrão.
- Levava muito a Fabiana ao Maracanã, o ídolo dela sempre foi o Zico. No vôlei, Tande, Marcelo Negrão e todos aqueles. Eu trazia autógrafo para ela naquela época, em 92. Aí ela passou a gostar mais de vôlei - afirmou o pai, o bem-humorado taxista João Maurílio, na época motorista de jornalismo da TV Bandeirantes.
O ouro conquistado em Barcelona reluziu forte em Irajá. Fabizinha passou a ser destaque também do time do colégio, o Tarsila do Amaral. Foi vista por um treinador e indicada para o Grêmio Recreativo de Vista Alegre. De lá partiu para o Flamengo, time de coração. Das quadras do subúrbio ao duro caminho diário rumo à Gávea, nascia mais uma campeã. Fabizinha, a Fabi. Com a pronúncia Fabí , tônica na letra "i". Dando mais força à menina, que ao desafiar a fera da patota aprendeu a defender. E, ao desafiar o desejo dos pais, mostrou personalidade. Assim trocou o futebol pelo vôlei. Assim virou referência, descobriu o caminho do ouro em Pequim em 2008. E agora, a líbero do Rio de Janeiro volta a sonhar com o olimpo em Londres.
A escalada de Fabi é a quarta história da série "Como Nascem os Campeões", que começou domingo, com Cesar Cielo. Depois, continuou com Maurren Maggi e Robert Scheidt. Na quinta-feira, termina com o ginasta Diego Hypolito.
Antes do duro caminho diário de Fabi rumo à Gávea para os treinos, nada foi fácil para Fabi. A começar dentro de casa. O pai, João Maurílio, e a mãe, Vera, manicure na época, eram radicalmente contra a menina no meio dos garotos jogando futebol e vôlei. Queriam que ela estudasse, seguisse uma carreira. Fabiana bem que tentou. Mas a bola era sua paixão.
- Eu trabalhava como manicure das sete da manhã à meia-noite. Dava muito duro. Ela chegava do colégio e já corria para a quadra. Eu gritava: "Fabiana, vai estudar!" Pegava o chinelo e ia atrás dela, que pedia: "Mãe, para de me fazer passar vergonha!". Eu tinha bronca do Marcelo Negão, ele incentivava a Fabi a jogar võlei. Ainda por cima, tinha o outro que cismava de jogar baralho com ela. Eu dizia: "Isso é coisa de homem!" Uma vez, falei: "Um dia vou quebrar o cabo da vassoura e dar em você, Fabiana." Eu batia, mas ela não chorava na rua. Só dentro de casa.  Um dia, ela me disse: "Não adianta, você pode me bater até me matar, mas não vou deixar de jogar vôlei. Ainda botei dois meses no balé, mas teve jeito. Aí, desisti e aceitei" - disse Vera.
A mãe, que hoje mora em Matias Barbosa, cidade mineira a 180km do Rio de Janeiro, passou a ser, aos poucos, a grande aliada de Fabi. Após uma partida de vôlei no colégio Tarsila do Amaral, a garota despertou o interesse do treinador Eduardo Monteiro. Ele a levou para o Grêmio Recreativo de Vista Alegre e garantiu a Dona Vera que teria futuro no esporte. Mas foi só após uma conquista da filha no Intercolegial, no Shopping Carioca, que o coração de mãe foi definitivamente convencido.
- Lembro como se fosse ontem. Ela chegou com a medalha no peito e avisou: "Mãe, olha bem pra isso aqui! Você ainda vai me ver na televisão, dando entrevista!" Ela sempre foi determinada e confiante. A partir dali, passei a acreditar também.
A confiança aumentou mais quando Eduardo a levou para o Flamengo. A família entrou em transe. Todos em casa sempre foram rubro-negros. Mas o caminho era longo. Dois ônibus, quase duas horas. Para ir e voltar. Não era fácil. Fabi precisava ter paciência, perseverança. Os pais davam duro para conseguir as moedas da passagem. O irmão, Maurílio, era um dos maiores fãs e incentivadores.
- Lembro bem da determinação dela, saía de Irajá para pegar dois ônibus para treinar, sem condições financeiras, nossa família era bastante pobre... Ela era assaltada às vezes no caminho, chegava em casa altas horas chorando que tinha perdido o relógio... Depois, comecei na faculdade, às vezes saía após uma prova e ia buscá-la. A Gávea fechava 10 horas da noite, ela ficava do lado de fora com os amigos no portão esperando eu chegar. Foi bem sofrido. Digo que hoje ela colhe os frutos do trabalho de uma sementinha que plantou no passado.
Outra testemunha da disposição de Fabi em treinar é a professora Jurema da Silva, do Colégio Tarsila do Amaral, em Irajá. Olhando o razoável boletim da aluna - a nota C imperava -, dava para perceber: a cabeça estava mais na bola do que na sala de aula.
- Ela gostava demais de ir para o treino. Era engraçado... Quando era para ir para casa, dizia que queria ficar comigo, na minha casa. Entrava no armário... Mas quando saía daqui e tinha que ir para o treino, não se escondia não. Tinha que descer para ir embora rápido - afirmou Jurema, elogiando o comportamento da aluna.
Se no começo o trajeto para o sonho de Fabi parecia pesadelo, pouco depois as coisas começaram a melhorar. Principalmente quando Rogério Lourenço, ex-zagueiro do Flamengo nos anos 90, hoje treinador no mundo árabe, passou a lhe dar carona na volta, à noite.
- Quando os horários combinavam, eu dava carona para ela na volta, à noite. Mas isso não foi nada, ela faria o mesmo por mim. Tínhamos uma convivência ótima, ela era praticamente uma irmã. Nossas famílias sempre foram muito próximas, os pais da Fabi compraram o apartamento dos meus pais, lá em Irajá. Jogávamos bola juntos, vôlei, tudo.
Rogério pode falar com autoridade sobre as qualidades e a determinação da amiga. Afinal, ele também percorreu o duro caminho de Irajá até a Gávea para se tornar atleta.
- Eu tenho 41 anos. Sou nove anos mais velho do que ela. O Marcelo Negão ainda é mais velho do que eu. Imagina, ele tinha todo jeito de que seria jogador de vôlei profissional. Largava a bola mesmo, sem piedade. Imagina uma garotinha ali pegando aquelas pancadas. Ela mostrou logo jeito para a coisa, se destacava no grupo cheio de meninos. No futebol, então, entrava no meio dos garotos e dava show. Tenho moral para falar sobre isso, né? Virei jogador do Flamengo....
Outro amigo dos tempos de Irajá, Rodrigo Lima, o Safaday, que ainda mora no condomínio, é outro que garante: se a escolha tivesse sido para o futebol, Fabi também faria sucesso.
- A Fabizinha jogava uma bola danada. Dava lençol, carrinho, a quadra era rala-coco. Tinha talento para futebol e vôlei. Fazia só golaço. A gente jogava salão, ela era mais ala. Tomei gol dela... Aí, quando fomos pro vôlei, finzinho da tarde... Marcelo Negão era um monstro cortando. Ela bloqueava, cortava direitinho, tomava medalhão... A diferença era de uns cinco, seis anos de idade. Devia ter uns 12 anos.... O pessoal abraçou a Fabiana. Quando ela perdia, o rosto ficava vermelho de raiva. Ficava reclamando: "Você deu mole, fez isso, fez aquilo." Ela cobrava. "Por que não bloqueou?" De umas 10 partidas, saía umas duas vezes. O resto da turma era rodízio.
Marcelo Negão não seguiu carreira no voleibol e deu uma sumida da área. Fabi aparece de vez em quando nos churrascos de fim de ano em Irajá. E deu uma sequência à carreira de orgulhar os amigos. Ainda no Flamengo, a então atacante foi agraciada com as mudanças no regulamento. Entre elas, foi criada a função de líbero. Notícia melhor não podia ter acontecido.
- Ela começou como atacante. Mas como uma menina de um metro e setenta vai ser atacante? Aí surgiu a posição de líbero. Ela se encaixou. Até hoje fala que queria saber quem inventou essa posição - disse o pai, João Maurílio, que ganhou da filha um apartamento em Botafogo, onde fica durante a semana até ir ao encontro de Vera em Matias Barbosa.
Depois da criação da posição de líbero, a carreira de Fabi engrenou de vez. Do Flamengo, foi para o Macaé em 1998. Uma temporada depois, o Rubro-Negro a pegou de volta. Mas Isabel a levou logo para o Vasco, onde conquistou o título carioca de 2000 e começou a aparecer mais. Até que o Campos lhe fez uma proposta. Lá, treinada por Luizomar Moura, jogou até 2005 e foi tricampeã estadual em 2001-02-03.
- Isabel foi muito importante na carreira da Fabi. Pessoa fundamental. Ficamos amigas. Depois, o Luizomar também. Fui a uma partida no Tijuca Tênis Clube. Era Campos x Rio de Janeiro. Vi um lance que me deixou impressionada, arrepiada. Ela defendeu a bola com o pé! Foi uma defesa espetacular. Aí eu me perguntei: será que esta menina vai mesmo longe? - disse Vera, que é o braço direito da filha e cuida de tudo, até de compra de apartamento.
Na verdade, a emoção de Vera ao ver Fabi defendendo com o pé foi recorrente das quadras de Irajá. A habilidade com o futebol ajudou muito. Como profissional, Fabi se aprimorou. Os fundamentos para ser líbero beiravam a perfeição. O passe também. Àquela altura, se tornava uma jogadora completa. A ida para o Rio de Janeiro, em 2005, selou a fase de ouro. Na seleção brasileira, viveu a glória. Tetracampeã do Grand Prix (2005, 2006, 2008 e 2009), penta sul-americana (2003, 2005, 2007, 2009 e 2011). E, o melhor, o ouro olímpico em Pequim. Ainda por cima, sendo eleita a melhor líbero - antes, tinha sido MVP no Sul-Americano em 2009. O voleibol de Fabi virou referência no mundo. Mas no meio disso tudo, houve decepções.
- O que marcou negativamente foi o primeiro corte. Na Pré-Olimpíada, oito anos atrás (Atenas-2004), ela e Leila foram cortadas na véspera das Olimpíadas. Isso deu um trauma na família muito grande. Depois, veio aquela derrota para a Rússia, depois de uma vantagem por 24 a 19 quando ia fechar o terceiro set, e o Brasil deixou virar. Aí, no ano seguinte, de novo, na véspera do corte, pensei: "Não é possível, jogando o filé que estava jogando..." Mas aí ela foi convocada, e  coroada com a medalha de ouro. Agora bateu ansiedade de novo, véspera de convocação... O topo dela foi quando se consagrou campeã olímpica - disse Maurílio, emocionado.
A imagem da vibração final, com a narração de Galvão Bueno no ouro olímpico, a mãe entrando ao vivo no ar, não lhe sai da cabeça. João Maurílio, o pai, lembra também os tempos das vacas magras. Ao visitar o condomínio de Irajá, olhou para a janela de onde espiava, com Fabi, as peladas da garotada. Foi ali que a menina viu o sonho começar. Foi só descer a escada para começar a realizá-lo.
- Você sabe que até hoje não assisti ao DVD do ouro em Pequim? Não quis rever ainda. Acho que vou fazer isso se vier outra medalha de ouro. Custei a perceber a dimensão de tudo isso. Naquele dia, estava cega, surda e muda. Agora, não sei se virá um ouro. Mas uma medalhinha acho que teremos. O que mais importa é que minha filha está feliz - afirmou a mãe Vera, sonhando com outros dias felizes.  E o Brasil agradece à família Alvim de Oliveira.